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Amar-te-ei sempre.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Resta-me a palavra,
O verbo.
Devaneios e notas
Que sopram
O amor
Na dor
De amar
E querer
Ser amado.

Jazigo de ser
Na vida
Bem querer
De outro.

Resta-me o texto
O elo escrito do ser e matéria

Eu lírico
Eu ridículo
Eu poeta

Prefiro ser
O ato
O fato consumado
O traço humano
Na guerra

Prefiro ser
O prazer do pecado
O condor
A lira
Que venha a liberdade

Resta-me
A verdade de ser na vida
Um pobre coitado
Não obstante
A certeza de ter um espírito nobre.

Raniere Ramon Braz da Silva

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